O Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra é um Laboratório Associado do MEC, vocacionado para a investigação e formação avançada nas diversas áreas das ciências sociais e humanas. Tem como missão a difusão da cultura científica, empenhando-se na promoção de espaços de contacto entre os investigadores/as e a comunidade, particularmente as escolas, através de um projeto que assenta na realização de sessões e conferências temáticas: “O CES vai à escola".
A ESMC aderiu a esta iniciativa desde a primeira hora, proporcionando aos seus alunos o contacto com a mais recente investigação no campo das Ciências Sociais e das Humanidades. Pretende-se com isso o equilíbrio de oportunidades, num tempo em que se vive uma espécie de “ditadura” da ciência e da tecnologia.
A partir do passado dia 26 de novembro, e durante o presente ano letivo, passarão pela Marques de Castilho 10 equipas de investigação que trabalharão com alunos do ensino secundário temáticas como: “Aprender com os espaços”, destinada aos alunos de Artes Visuais, visa refletir sobre o modo como processo de transformação dos espaços e as próprias opções dos arquitetos, sobretudo no caso das escolas da Parque Escolar, podem influenciar as vivências das pessoas, as opções pedagógicas e as práticas sociais; “O conflito sírio e as relações internacionais”, “A crise dos refugiados na Europa e as mobilidades transnacionais”, um dos mais dramáticos fenómenos da atualidade, ao qual nenhum de nós pode ficar indiferente pela sua centralidade geoestratégica e política e, sobretudo, pelas suas consequências humanitárias; “Aprender gramáticas da dignidade humana: para uma escola geradora de justiça cognitiva e social”, “Democratização da democracia: além do voto para estender participação e justiça social”, que visam perspetivar a comunidade escolar como espaço natural de aplicação de gramáticas da dignidade humana, originando processos de justiça social e promovendo esperança a crianças e jovens, enquanto agentes transformadores da realidade, num tempo em que importa motivá-los a sentir-se parte duma sociedade que exige uma participação ativa e interventiva; “Os desertores”, sobre a Guerra Colonial e “Economias solidárias”, sobre a problematização de conceitos como economia, economia solidária, pobreza, capitalismo, desenvolvimento e justiça social; “Crime na Escola” e “Crime, Genética e Investigação Criminal”, visa mostrar a evolução e os impactos sociais, políticos, culturais e organizacionais criados pela tecnologia do DNA nos procedimentos de investigação criminal e perceber de que forma a polícia, enquanto ator social que define e circunscreve a cena do crime, organiza os seus serviços, as suas práticas e a sua própria cultura de saberes com vista a adequar a recolha de vestígios criminais com as tecnologias emergentes associadas à investigação criminal, funções cruciais para a descoberta da verdade e no auxílio à justiça.