Foi desenvolvido um projeto, ao longo do ano letivo, de identificação de espécies arbóreas por alunos do oitavo ano. O projeto ficou concluído com a colocação de placas identificativas em árvores da escola.
O que levou ao desenvolvimento deste projeto?
Lígia Matos: A ideia surgiu na sequência de um projeto proposto às escolas por uma ONG para reflorestação do território nacional com espécies autóctones. Pretendia sensibilizar os alunos para a preservação das árvores em geral e das espécies autóctones portuguesas em particular.
O que são espécies autóctones portuguesas e porquê valorizar estas espécies?
LM: São árvores originárias do nosso país, como é o caso dos carvalhos, dos medronheiros, dos loureiros e dos sobreiros. Entre outros benefícios são normalmente mais resistentes e resilientes aos incêndios florestais.
Porquê colocar placas nas árvores?
LM: Não posso pedir a uma criança que cuide da floresta, mas posso pedir-lhe que conheça e cuide de uma árvore. Assim, o primeiro passo para respeitar as árvores como seres vivos, que são também essenciais ao nosso bem-estar, será conhecer as árvores pelo seu nome.
Os alunos participaram no projeto?
LM: O projeto foi direcionado para os alunos. Embora aberto a todos, trabalhámos com duas turmas do oitavo ano. Ensinámos os alunos a observar as diferentes características de cada árvore e a consultar guias de campo para identificar as diferentes espécies. Poder aprender e aplicar o que aprenderam numa aula ao ar livre foi um bónus que muito agradou aos alunos.
Existe na escola uma grande diversidade de espécies?
LM: Por surpreendente que possa parecer, foram identificadas mais de vinte espécies arbóreas. Temos na escola as espécies autóctones que referi anteriormente, além da bétula, da oliveira, da aveleira e do pinheiro-manso, entre outras. Existem também algumas espécies que não são tão facilmente identificáveis para um leigo na matéria. Para isso contámos com a Dr.ª Marina Ascenção, bióloga da Câmara Municipal de Águeda, que abraçou o projeto desde a primeira hora e a quem agradeço a preciosa colaboração na identificação de espécies e na construção das placas. Tivemos ainda a colaboração, na colocação das placas, de um encarregado de educação, Sr. Horácio Marques e da Junta de Freguesia de Aguada de Cima, a quem também agradecemos a ajuda disponibilizada na conclusão do projeto.